Além do Ambiental: A importância do Social e da Governança no ESG
Toni Weydmann
2/2/20252 min read


Os 2/3 do ESG: Estamos Ignorando o Social e a Governança?
Nos últimos anos, o ESG (Ambiental, Social e Governança) tornou-se um tema amplamente discutido no mundo corporativo. Entretanto, uma análise mais profunda revela uma tendência preocupante: a ênfase desproporcional na dimensão ambiental, enquanto o "S" e o "G" recebem consideravelmente menos atenção.
Segundo dados de um relatório da MSCI de 2023, 76% das empresas que divulgam práticas ESG concentram seus esforços majoritariamente em ações relacionadas ao meio ambiente, como redução de emissões de carbono e consumo sustentável de recursos. Por outro lado, apenas 37% destacam iniciativas sociais, e menos de 25% apresentam estratégias concretas de governança.
Por que isso acontece?
A prioridade dada ao "E" é compreensível, considerando que questões ambientais são visíveis e mensuráveis. A redução de gases do efeito estufa, por exemplo, tem métricas claras e objetivos que podem ser facilmente traduzidos em ganhos financeiros e reputacionais. Além disso, investidores frequentemente pressionam por resultados rápidos e tangíveis, o que impulsiona as empresas a escolherem ações com maior retorno de imagem.
O problema é que esse foco isolado negligencia os impactos do social e da governança, que são igualmente essenciais. Uma empresa pode ter operações ambientalmente sustentáveis, mas se enfrenta crises internas relacionadas à inclusão, transparência ou ética, seus resultados ESG como um todo ficam comprometidos.
As consequências de ignorar o social e a governança
A exclusão dos aspectos sociais e de governança pode ser devastadora. Estudos da Deloitte apontam que empresas com práticas sociais consistentes têm 23% mais chances de reter talentos, enquanto organizações com boa governança apresentam 19% menos exposição a fraudes e escândalos corporativos.
Exemplos recentes também ilustram esses desafios. Em 2022, um escândalo envolvendo governança levou a uma grande multinacional a perder bilhões em valor de mercado, mesmo com seu desempenho ambiental sendo exemplar. Isso reforça que nenhuma das três dimensões pode ser ignorada sem consequências graves.
Como equilibrar o ESG?
Para alinhar os 2/3 negligenciados do ESG, empresas precisam:
Fortalecer o S: Invista em programas de inclusão, treinamento e desenvolvimento comunitário. Um estudo da McKinsey mostra que empresas com maior diversidade em seus quadros têm 36% mais probabilidade de superar seus concorrentes em desempenho financeiro.
Priorizar a Governança: Estabeleça processos claros de transparência, ética e combate à corrupção. Boas práticas de governança são fundamentais para atrair investidores de longo prazo e fortalecer a confiança dos stakeholders.
Integrar o ESG: Não trate as dimensões como pilares isolados. Um programa social que capacita comunidades pode ser alinhado com metas ambientais e sustentado por políticas de governança robustas.
Conclusão
Focar exclusivamente no ambiental é uma visão míope do que realmente é ESG. As empresas que prosperarão no futuro serão aquelas que entendem que o "S" e o "G" são tão indispensáveis quanto o "E". Afinal, sustentabilidade verdadeira exige um equilíbrio entre todas as dimensões — e não há atalhos para isso.
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